Ryan Gosling, 31, ainda não lançou nenhum filme em 2012. O fato não impede, no entanto, que sua popularidade siga em alta. Altíssima. Aqui na redação, em escritórios, agências e laptops apoiados em colos femininos mundo afora, ferve uma intensa troca de emails e links com o nome do ator em assunto. Às vezes as fotos vêm sozinhas. Às vezes, com parágrafos gordos e teóricos sobre o que faz o encanto do ator.
Semana passada, chegou aqui um email lá da Espanha: “Lê, concordo. É preciso ver o Ryan ‘se mexendo’, em 3-D’ mesmo”. Quem assinava era umacolega cética, dessas que antes esbravejavam que Ryan Gosling não é assim tão bonito, que os olhos são meio juntos, o queixo meio pra frente, dessas que, na verdade, preferem os morenos. Pois bem. Ela finalizava assim: “Estou começando a entender”.
O que a fez mudar de ideia foi o link que colou no final do email, em que Ryan recebe o prêmio de Melhor Beijo ao lado da atriz Rachel McAdams no MTV Awards de 2005. O vídeo é muito elucidativo sobre o que nos faz, anos depois e sem nenhum lançamento em vista, acompanhar o noticiário de celebridades, comprar revistas Esquire e GQ que o coloquem na capa e, claro, invejar Eva Mendes.
Assistam ao vídeo. E vejam se concordam com a lista de quatro pilares que sustentam, daquela época até hoje, o sex appeal de Ryan Gosling.
1) Cavalheirismo – Ryan deixa a moça passar na sua frente, e isso nunca vai cair em desuso. Ele faz isso com Rachel, com Eva e com a própria mãe, que o acompanhou à cerimônia do Oscar quando ele concorreu por melhor ator, em 2006. No dia, a Sra. Gosling estava se sentindo mal porque o penteado que ela havia escolhido ficou exagerado. Sabe o que Ryan fez? Convenceu Meryl Streep a elogiá-la e, com isso, salvou a noite. Essa dose extra de respeito é o que faz do próximo item algo bom, e não vulgar.
2) Pegada – Reparem no beijo que a MTV premiou – e que eles repetiram na premiação. Em seguida, reparem no momento em que Ryan ‘devolve’ Rachel para o chão. Talvez seja algum complexo de magreza que 99% das mulheres compartilham, mas ser suspensa no ar por uma mão só mexe com qualquer uma, ou não?
3) A única por uma noite – Sabe por que dizem que todo cafajeste é romântico? Porque ele é se dedica à mulher que está na sua frente, mesmo que por apenas 5 minutos, mesmo que ele não tem chance nenhuma com ela. Ryan já olhou a apresentadora Ellen DeGeneres, lésbica assumida e casada com a atriz Portia De Rossi, e a chamou de irresistível. Isso tem um efeito – talvez no fundo a gente pense que vai chegar a nossa vez. Além disso, Ryan já fez vários papéis apaixonados, em que ele briga, soca a parede por amor (O “Diário de uma Paixão”, com McAdams, foi o primeiro de uma lista que tem também “Namorados para sempre”, com Michelle Williams, e “Drive”, com Carey Mulligan). A gente acaba acreditando nesse desespero. E socar a parede, assim, sem muita violência, pode ser sexy.
4) Escolhas pessoais – Nossas paixões platônicas também têm um lado racional. Conta se o cara é babaca, se só fez comédia romântica, se apoiou o Bush, enfim, se fez ou não escolhas pessoais com firmeza. Antes de ser galã consagrado, Ryan fez os excelentes “Half Nelson – Encurralados” (que rendeu a indicação ao Oscar) e “A garota ideal”, criou uma banda, se engajou na campanha presidencial de Barack Obama e adotou um cachorro, que leva a todos os sets de filmagens. Tudo isso o faz caminhar – de novo, o jornalismo de celebridades comprova – com a confiança de quem está bem na própria pele. Sem ser arrogante.
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